Dermatologia Clínica

O tratamento clínico visa o controle do flushing (vermelhidão) e da inflamação, para reduzir a hipereatividade da pele.

Via de regra, usamos sabonetes suaves e cremosos, de preferência os sabonetes sindets, com Ph mais próximo da pele, entre 5 e 6,5, para higienizar a face sem irritar e sem ressecar.

A hidratação com produtos cremosos que acalmam a pele, 2 a 3 x ao dia, é indispensável.

As substâncias de uso tópico mais usadas classicamente no controle da rosácea são: metronidazol, ácido azelaico e ivermectina, com o objetivo de diminuir a inflamação. Excepcionalmente, podemos usar os inibidores da calcineurina .

Outra alternativa é a utilização de oximetazolina e da brimonidina para o controle do flushing (vermelhidão). Eles não curam a rosácea, mas diminuem a vermelhidão.

Em caso de dificuldade no controle da inflamação e na rosácea ocular grave, é necessário utilizar o antibiótico via oral com características imunomoduladoras como minociclina, doxiciclina ou tetraciclina. Será utilizado até o controle clínico da doença e, com o tempo, a dose vai sendo reduzida gradativamente.

Já a isotretinoína oral pode ser utilizada em todas as fases da rosácea. O tratamento dura em torno de 3 a 4 meses.

A fotoproteção é fundamental para o controle da rosácea. O filtro solar deve ser preferencialmente físico e cremoso. Não deve ser seco.

A toxina botulínica aplicada de forma superficial pode ser útil no  controle da vermelhidão da pele com rosácea.

Em todas essas situações, pode haver associação dos medicamentos com o Laser Nd Yag Q-Switced e Luz Intensa Pulsada para diminuir os vasos dilatados.

Nos casos do rinofima (alargamento das partes moles do nariz), pode ser feito peeling de TCA ou laser fracionado ablativo, com resultados satisfatórios.

A pele com rosácea é sensível, delicada e muito reativa,  por isso os cuidados devem ser precisos e precoces contemplando todos os detalhes para obter o controle e evitar a evolução para quadros mais graves.